O homem é bom por natureza. Por mais que a violência venha a corromper seus valores, naturalmente, irá procurar a prática do bem, da dignidade e da honestidade. Um exercício que devemos fazer costumeiramente é o da tolerância. Todos deveríamos ter claro que esse comportamento é necessário para que possamos viver em sociedade de forma harmoniosa.
Muitas vezes não é fácil ser tolerante. Deixar-se envolver em situações que parecem ser normais e aceitáveis por alguns; a réplica maldosa no calor da discussão, a vingança, a busca por poder e pela razão acabam por corromper os valores que norteiam os caminhos que levam o homem àquilo que ele nasceu para ser.
Mesmo que estejamos cercados por situações que possam nos tirar do ramo da tolerância, existem os exemplos que nos fortalecem e mostram que há no bem uma recompensa valiosa. Stanley Williams, um assassino condenado à morte, repensa seus atos e escreve livros infantis na tentativa de evitar que novas crianças se envolvam com gangues. É indicado ao prêmio Nobel da Paz e da Literatura. Roberto Carlos Ramos fugiu 132 vezes da FEBEM, considerado um caso irrecuperável. Tornou-se um importante pedagogo brasileiro, palestrante renomado.
Felizmente o bem, os exemplos do bem e de fé ainda destacam-se e nos mobilizam, mostrando que damos mais valor e nos lembramos do gesto tolerante do que do tapa. Atitudes e posicionamentos tolerantes exigem esforço e compreensão, e isso nem sempre estamos dispostos a ter. Esta postura é um dos maiores desafios do ser humano e que talvez promova profundas mudanças de comportamentos sociais e melhorias verdadeiras nas relações.